Blog #01 - "Em todo lugar e em lugar nenhum" e outros títulos poéticos pra falar de coisas difíceis
- Lorena Silva
- 27 de out. de 2021
- 3 min de leitura

Em primeiro lugar, queria dizer
olá!
Faz uns bons 7 anos que não escrevo em blog. Sim, eu tinha um. Sim, você ainda pode encontrá-lo por aí (prefiro que não o faça agora, fica aqui comigo um pouco).
Em segundo lugar, este é o primeiro post deste novo espaço. Que na verdade é o terceiro, porque o primeiro e segundo - oficialmente - são amostras dos primeiros capítulos dos meus dois livros publicados. Bacana, não? Mas depois você vai lá, também. Continua aqui comigo.
Se ainda tenho sua atenção e a contagem não te confundiu muito, ótimo. Eu voltei pra este ambiente de escrita longa, que parece um formato jurássico em tempos de selfies e de tweets. Mas depois de muito ponderar sobre o que era exigido de mim, quem exigia e, por fim, se eu queria obedecer, cheguei à conclusão de que se eu sou uma escritora, eu preciso apenas escrever, independente da plataforma. E encontrar a melhor forma de fazer isso fluir para mim é imperativo neste momento - que tanto ando querendo falar, mas não sei como.
Estive por todo lugar, mas também não estive em lugar nenhum. Alguns dizem que sumi, outros que mudei, outros que cresci. Mas acho que só andava fugindo de permanências, de eternidades, terrivelmente assustada com o quanto eu acreditava que as coisas tinham caráter imutável. Eu comprei muitos "pra sempre", e tal como investimentos furados em bitcoin, não recebi retorno. Então eu precisei mudar a ótica - também ando precisando de óculos. Mas o importante é que eu tive de voltar uns passos pra avançar outros. E ficar no mesmo lugar, às vezes, descansando.
Eu não vou conseguir (ainda) explicar toda a miríade de mudanças pelas quais tenho passado. E você provavelmente já tem a sua própria carga de mudanças que também anda precisando compartilhar. As minhas, vocês verão por aqui, em textos como este. É o que tenho em mente agora. Amanhã, não sei. Por hoje, estou muito feliz que você esteja me lendo agora. Você mesmo, você mesma, você que é e que está.
Por ora, permita-me apresentar. Pra quem não me conhece, me chamo Lorena. Pra quem me conhece, também *entra a vinheta do stand-up*. Quem me dera fosse tão simples! Porém, se estou aqui, algo nessas aventuras de me encontrar me encanta, e o que você vai ver a partir de agora neste espaço - que é uma tentativa de algo fixo em meio virtual - serão fragmentos disso. Os que eu for achando mais bonitos, mais bizarros, mais absurdos, mais... Alguma coisa que valha a pena o registro. Você verá que esse critério é bem amplo - mas espero que isso não te assuste, pelo contrário. Que te traga pra cada vez mais perto, e a gente se encontre nessa viagem.
Eu vim aqui falar de escrita, é claro. Mas vim também escrever pra conseguir falar. Pra mim, é um processo que se retroalimenta. Vamos ver o que nos aguarda daqui pra frente. Inaugure meu espaço de comentários e me fala se algo fez sentido pra você. Espero que não tenha feito nenhum.
Então, com este texto meio cifrado que você deve estar aí matutando pra saber de que diabos é que eu estou falando, as mensagens virão em tempo. Neste texto mesmo, cada palavra pode ser esmiuçada em pelo menos 876 acontecimentos (segundo a conta que fiz aqui de cabeça), que provocaram em média 23,2 reflexões por minuto. Espero conseguir trazê-las aos poucos em cada post a partir deste.
Eu aceito seu desejo de boa sorte, vou precisar. Agora, olha quantas palavras saíram de dentro de mim! UFA! Me sinto mais leve. E acho que é disso que eu preciso, levar mais na leveza.
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